28 de jan. de 2009

pra matar a saudade (ou avivá-la)

Olá, amigos. Para quem se pergunta onde andará Jaibalito, nosso companheiro de viagem a Guatemala, aqui está uma foto dele, atual, em sua nova residência e função. Meigo.

25 de jan. de 2009

navegadores

Foi divertido conhecer muitas praias, muita estrada e um pouco da história "in loco", ainda que os pontos turísticos e históricos devessem ser melhor sinalizados na Bahia, na opinião destes 4 gaúchos. Numa visão rápida, chegamos à conclusão que a Praia do Espelho é para os políticos. Trancoso é para os intelectuais e artistas. Arraial d'Ajuda é para patricinhas e mauricinhos. Porto Seguro é para a galera e o povão do axé. No caso, nós. Enviado por Noemia.

a cruz do descobrimento

Enviado por Noemia.

santa cruz cabrália

O Berço
 
Para compensar o Monte Pascoal fomos a Cabrália, e à Praia Coroa Vermelha, onde foi rezada a primeira missa no Brasil. Ali tem uma ilhota que surge na maré baixa – vale a pena caminhar ali e ver todo o oceano à tua volta. Visitamos também as cruzes que colocaram nas comemorações dos 500 anos do descobrimento. Ali tem o Pataxóping: o shopping dos Pataxós – vê se pode. Visitamos uma Caravela em tamanho original, perto do hotel onde estávamos. A vida não era nada fácil naqueles tempos, pouco espaço, pouca comida, muito trabalho, meus amigos. Muito diferente de hoje. Enviado por Noemia.

praia do espelho

Graças a Deus uma placa, após 4h no carro.

Queríamos ir ao Monte Pascoal, mas estávamos relativamente longe de lá. A maior distância que percorremos foi até a Praia do Espelho (que é quase lá), mas devido ao trânsito, estrada de chão difícil e falta de sinalização, levamos quase 5h para chegar. Só deu tempo de chegar, nos surpreender com a infra-estrutura, iates e helicópteros chegando, olhar as belezas naturais, tomar um banho e começar a voltar, pois escurece umas 17h30min. Mas valeu a pena, afinal é considerada uma das três praias mais bonitas do Brasil. Se houver uma próxima vez, já saberemos como fazer para ir até lá.

trancoso

Vista da região. Do alto do Quadrado em Trancoso
 
Através de Arraial d'Ajuda também podemos chegar a Trancoso. Ali me lembrei muito da nossa viagem para a Guatemala, pq tinham várias casinhas antigas, que viraram restaurantes, embaixo de árvores numa região que chamam de "Quadrado". Tem uma igrejinha de 1580 no centro da rua. Parece que Elba Ramalho mora na região. Enviado por Noemia.

Arraial d'Ajuda

Pertinho de Porto Seguro, fica Arraial d'Ajuda. Basta ir até o centro, perto da Passarela do Álcool e atravessar de balsa. Em períodos como Reveillón e Carnaval, a fila da balsa que, geralmente é de 15 min, pode demorar até 2h. Cuidado para não furar a confusa fila ou poderás conhecer a fúria baiana. Pessoas bonitas, praias com recifes e falésia e o agito na Estrada do Mucugê (uma pequena rua) com restaurantes, bares, atraem turistas e nativos para a região. Foi o local escolhido para o nosso Reveillón. Depois, descobrimos que todos iam para o Parracho. Assim que entendemos que era na praia e fomos para lá também. Enviado por Noemia.

a capital do axé

Porto Seguro é um lugar realmente agradável, com muito sol, praias bonitas e pessoas bem-humoradas. Conhecemos a rota do descobrimento do Brasil e lemos os livros do Peninha, entre coqueiros, areias brancas, tendo ao fundo a música característica da região: o axé.

Uma noite pedi para o pessoal da recepção baixar a música do restaurante.

- Moço, queria dormir, pode baixar a música do restaurante, por favor?
- Posso não, senhora.
- E por que não?
- A música do restaurante já está desligada.
- E este som alto?
- Vem do Axé-Moi e do Tôa Tôa. Tem festa toda noite, lá na praia.
- Então pede para eles baixarem o som, please?

Hehe, óbvio que ele não pediu e eu dormi como se estivesse no meio da festa.

Enviado por Noemia.

virada em Porto Seguro

Meta: todo ano conhecer um lugar novo - objetivo fácil, pois pode ser qualquer lugar do Brasil, do meu Estado, inclusive da minha cidade. É só passear por aí, com um olhar atento de viajante. Em 2008, resolvemos eu, Pedro e nossos amigos Fernando e Rosana passar a virada em Porto Seguro/ Bahia. Uma viagem rumo à história do Brasil. Enviado por Noemia, em 26 de janeiro

22 de jan. de 2009

aliás...

Aproveito pra reproduzir um de nossos recentes diálogos, pós-aprovação no Direito:

Eu: Como é que ele faz pra se manter tanto tempo ali?
Lopez: É que ele sabe de coisas...
Eu: Podíamos começar a reunir coisas tb e escrever um livro.
Canciam: Que livro o quê! Eu quero é pôr algemas!

nova advogada na praça

Ôpa! Levamos um puxão de orelha, então aí vai: assim como a Noemia estava convocada a escrever sobre Porto Seguro, onde passou a virada do ano, e eu tinha a intenção de relatar minha micro-temporada (ou será microtemporada? aaai!) em Rainha do Mar, também a nossa querida companheira de viagem cochabambense Vanessa Canciam estava intimada a falar sobre Bombinhas. Não a pressionamos porque o momento era tenso. A colega - jornalista e namorada do Antônio - estava focada numa missão: entrar no Direito da Ufrgs. Adivinhem o que aconteceu?

YEEEEEESSSSS (todos nós já sabíamos): http://www.ufrgs.br/cvresultados/listao/

Parabéns, Vanessa!!

21 de jan. de 2009

we are one

Pensamento grande em 2009. Deixamos o espírito cochabamba para "nos tornamos um" com Obama in America.

20 de jan. de 2009

posse do Obama - fotos (2)


Como já se sabe, o Obama virou uma marca. Todos tinham algo (gorro, buttons, mantas). No metrô, duas campanhas de destaque: Ikea (loja sueca de móveis), com "Embrace Change", sugerindo móveis novos para a nova era, e Pepsi ("Joy" e "Hope" com o logo da Pepsi no lugar do O, que aliás não é muito diferente do logo da campanha do Obama).


Todo mundo documentando.


O novo presidente. Ufa. Que alívio.


A que vos escreve, com o sol na cara e um pequeno fantasma do Capitólio ao fundo.

posse do Obama - fotos


O povo andando em direção ao mall, umas 8h15 da manhã. Muitas ruas do centro foram fechadas para a posse.


Obelisco e povo chegando para a posse.


Já no mall, na frente do Museu de História Natural. Teve gente que chegou bem cedinho e sentou para esperar. Essa senhora de gorro verde e cartazes pendurados tirou o sapato lá pelas tantas para colocar uns pacotinhos químicos que esquentam os dedos do pé. Coisa de esquiador.


O espaço foi enchendo e as pessoas começaram a subir nas árvores.

we are one, povão no show de abertura da posse


Show "We Are One" -- abertura das festividades da posse do Obama. Lincoln Memorial, domingo, 18/01/09






O povo subiu nas árvores e nos "portapotties" (banheiros portáteis) para ter uma vista melhor, mas veio a polícia montada mandar descer...


Bono (maravilhoso, cantando City of Blinding Lights, tema da campanha) e um avião. Solzinho muito fraquinho (mal se vê) para aplacar o frio (uns 2 graus).

posse do Obama

Acabo de chegar em casa depois de um looongo dia assistindo à posse do Barack Obama. Acordei às 6:30 da manhã, -4 graus. Tomei um banho quente para tentar guardar o máximo possível de calor dentro do casaco (haha), comi um café da manhã calórico (ovo frito, aveia com mirtilos) e fiz um lanchinho pra comer na metade da manhã. O Washington Post tinha dito para levar papelão ou isopor para ficar de pé em cima, pois isola um pouco do chão congelado.

Lá fui eu para o metrô às 7 e pouco da manhã com uma bolsinha contendo a câmera (fotos em breve), lanche, celular e chaves, alem da prancha de isopor. Da plataforma mandei uma mensagem para o grupo com quem ia me encontrar às 8: "embarcando na linha azul, com sorte chego lá às 8." O metrô chegou lotadaço como nunca vejo em dia de semana. Fui como sardinha, cada estação enchia mais. Lá pelas tantas paramos no meio do túnel porque o trem na frente do nosso estava empatado na estação, pois as pessoas estavam tentando entrar no trem lotado e eles não conseguiam fechar as portas, então nada andava... Antes de cada estação, tínhamos que esperar 5-10 minutos. Acabei chegando bem depois das 8 e o grupo já tinha ido. Trocamos algumas mensagens de texto, mas logo que cheguei no mall (área entre o Capitólio e o obelisco) o celular não funcionava mais direito. Não tinha sinal, as mensagens não iam, e de vez em quando chegavam várias de uma vez. Não consegui encontrar com eles e acabei assistindo tudo sozinha (fora as outras 1,5 milhão de pessoas).

Achei um lugar pra assistir entre o Museu de História Natural e o castelinho da Smithsonian Institution, bem perto de um telão. Primeiro passaram uma repetição do show de domingo. De novo o Bono cantando City of Blinding Lights, que eu adoro.

Lá pelas 10 começou a cerimônia, com um coral infantil de San Francisco. Em seguida, a banda da marinha com várias marchinhas patrióticas típicas. Começaram a aparecer os políticos e celebridades. Primeiro os deputados, depois os governadores, depois os senadores, entremeados por outros políticos diversos. O povo em volta aprovava e reprovava com vaias e gritos:

- Newt Gingrich (republicano ex-presidente do Congresso dos anos 90): Boooooo!!!
- Colin Powell: yeah!!! wo-hoo!!
- Oprah: wo-hoo!!!
- Joe Liberman (senador vira-casaca, vice da chapa do Gore em 2000): boooo
- Ted Kennedy: wo-hoo!! yeah!!!
- McCain: nada. zip.
- John Kerry: também nada.
- Al Gore: yeah!
- Carter: yeah!
- George H. W. e Barbara Bush: nada
- Bill e Hillary: woo-hoo!!!! yeah!!! we love you!!!
- Dick Cheney: Booooo
- Bush: BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

Nem preciso dizer que o povo explodia e sacudia as bandeirinhas enlouquecido quando a família Obama começou a aparecer, primeiro com as meninas, acompanhadas da avó, depois a Michelle e finalmente o Barack. Efusivos aplausos também para o Joe Biden e família.

Depois de estarem todos apresentados, um quarteto perfeitamente diverso tocou uma peça contemporânea (Air and Simple Gifts, acho que era o título). Era o Itzhak Perlman (judeu) no violino, o YoYo Ma (asiático) no violoncelo, a Gabriela Montero (latina) no piano e o Anthony McGill (negro) no clarinete.

Depois da posse do vice (cujo juramento foi mais longo que o do presidente), a Aretha Franklin cantou "My Country 'Tis of Thee". Achei ela meio sem fôlego, mas estava um frio desgraçado. A Gabriela Montero tocou com as luvinhas sem dedo.

Finalmente, o Obama tomou posse e o povo pulava de alegria e abraçava qualquer um que estivesse por perto. Emocionante.

Achei o discurso ótimo de modo geral, especialmente as partes em que ele falou em ajudar todas as pessoas que estão em busca de dignidade e liberdade e em usar recursos de forma responsável. Outra coisa que gostei foi quando ele falou para os líderes dos países que não gostam dos EUA que eles serão lembrados não pelo que destroem, mas pelo que constroem. Mas também teve aquele tom americano meio belicoso: "Nós venceremos! Eles serão derrotados! A América é o pais mais poderoso do mundo!" Isso tudo me dá nos nervos. Mas não é privilégio dele.

Depois da posse, levei horas para conseguir sair da área do mall. Os celulares não funcionavam, ninguém sabia para onde ir, uma baita confusão. Mas não sei se tem algum jeito de organizar entre 1,5 e 2 milhões de pessoas... os chineses devem saber. Mas não sei se prefiro a organização deles :)

Assisti ao desfile de um restaurante onde finalmente consegui me encontrar com uma amiga que chegou no mall pelas 9:30 e não conseguiu entrar. Depois de um trechinho de carro, Obama e Michelle andaram a pé pela Pennsylvania Avenue. As pessoas em volta diziam "que perigo!!" mas eu pensei, é o fim da era do medo. Graças a Deus.

19 de jan. de 2009

Obama




Gurias, acabo de voltar do show de abertura da posse do Obama, que loucuuura. Fui mais pelo Bono que pelo Obama mesmo. Mas 4 horas de pé num frio de rachar, no fim eu não sentia mais os dedos do pé. Foi todo mundo: do Stevie Wonder a Beyonce, passando pelo Garth Brooks, U2, e até atores (Tom Hanks, Denzel Washington, mais uns quantos). Mas tava tão lotado que eu só conseguia ver no telão; fiquei muito longe do palco. Tentei ligar pra minha mãe e o Zé durante o discurso do Obama, para eles ouvirem, mas eles não entenderam nada e ficavam dizendo "alooo". Sílvia Lovato, de Washington DC.