Cirurgia de miopia

A cirurgia foi bem obrigada.

A do olho direito, cheguei umas 9h30min e sai 12h30min. É uma cirurgia incrivelmente simples, de uns 6 minutos de duração. O que demorou foram alguns exames pré-cirúrgicos.

O que é chato? Dá muito medo mexer no olho, por ser uma região muito delicada e necessária, e fazer parte daquele 1% de pessoas para quem a cirurgia dá errado (tá certo, tem que ter muito azar). A anestesia é local e colocam um instrumento para manteres o olho aberto. Ou seja, enxergas tudo. Parece que estás na máquina de tele-transporte da Jornada nas Estrelas, com lasers vermelhos e granulados – só que no teu olho. Os remédios te deixam grogue e com muito sono. Aliás, dizem que o melhor a fazer para ajudar na recuperação rápida é dormir. Tenho que fazer compressas e pingar colírios e remédios para não infeccionar. O olho lacrimeja bastante. Estou caolha, escrevendo com o olho direito tampado pois ele não foca de perto e com os óculos sem a lente no lado direito. A luz incomoda, então às vezes fico de óculos escuros pela casa e bato nas portas e nos móveis. O olho está inchado, mas está até bonitinho assim grande hehe.

O que é legal? Não dói (é melhor que ir no dentista), não tem sangue e logo após a cirurgia, já enxergas à distância melhor que antes, apesar do problema com a luz e de não conseguir focar de perto. E a expectativa de enxergares bem e sem dependeres mais de lentes e óculos, se tudo der certo.

A cirurgia do olho esquerdo foi feita dois dias depois, bem mais tranqüila e como não precisava mais fazer exames, não tive que esperar muito. Depois da cirurgia, não tem jeito de focar a vista de perto. Ou seja, agüentar ficar longe do computador, livros e textos, mesmo que apenas por alguns dias, é uma tortura.

O foco vai e vem. Mas creio que, segurando a ansiedade, o melhor ainda está por vir. Ter uma nova visão mundo. E saber que, se eu cair de avião, não precisarei, além de sobreviver, me preocupar em encontrar meus óculos ou lentes (sim, as pessoas tem pensamentos muito estranhos). Após passar meu depoimento para alguns amigos, a surpresa: parece que meio mundo já fez esta cirurgia. E estão todos bem e felizes por terem feito. Recebi depoimentos muito legais. E outras pessoas se motivaram a fazer também.

Fora o fato do Pedro ter tomado o meu chá de camomila que eu fazia as compressas frias para os olhos, dele ter esquecido o picolé que tinha comprado para minha sobremesa na quitanda, e no outro dia ter esquecido o branquinho que tinha comprado para minha sobremesa e o meu pé estar suando mais depois da cirurgia, a recuperação vai bem. Os comentários variam, mas entre 1 e 3 meses estarei com minha visão 100%. Mal posso esperar.

Espero ter deixado boas sugestões, encerro aqui minha sessão de análise profunda como um pires, mas deixando claro que, parte destas lembranças, já levo como algumas das melhores de minha vida (principalmente se eu pegar alguma infecção e ficar cega no tratamento pós-cirúrgico de tanto escrever e-mails e postar hehe).

Obrigada aos amigos pela força e manifestações de carinho recebidas!

Surf na Areia

Paraglider e Outros

A minha próxima experiência radical foi a convite da Vera e da Rejane, nas dunas de Natal. Voar de Paraglider (R$ 100,00). Sentas em uma espécie de cadeira de lona e esperas o vento chegar e aí o pára-quedas te levanta bem alto. A Rejane descreveu como "pareces que estas no sofá da Hebe, mas com uma vista bem mais bonita". E realmente é lindo ver o mar e as dunas do alto, com as pessoas bem pequeninas passeando na praia, sentindo um vento gostoso no rosto.

Depois, fiz um mês de natação para, pelo menos saber boiar em Fernando de Noronha, e ter coragem de passar por experiências incríveis antes de correr o risco de ficar cega com a cirurgia de miopia (o tal do medo irracional, de novo, que neste caso me deu coragem e me fez olhar o mundo com mais intensidade). Ou seja, sempre que tiveres a oportunidade, aproveite para surfar na areia, andar de sandboard, esquibunda, aerobunda, descer de tobogã na lagoa, andar de balsa, subir a duna de trenzinho, fazer mergulho livre e mergulho de cilindro, entre outras coisas que podemos fazer todo o dia, mesmo em Porto Alegre, mas temos medo ou pior ainda, preguiça, como andar de bicicleta, de skate, de roller, de ônibus aberto em cima, de Cisne Branco, de carroça de cavalo Idesde que não maltratem os animais) ou a pé pela cidade, que seja. Tudo sem arriscar a vida, claro, mas sem medo de ser feliz. Bom e a cirurgia?

Elevador Maluco

Lá estava ele, o aterrador Elevador Maluco (Turbo Drop – 60 metros de altura). Entre apavorados e cheios de adrenalina eu e o Felipe resolvemos arriscar nossas vidas nele. Depois da Montanha Russa, o Álvaro preferiu ficar embaixo para tirar as fotos. O objetivo era gritar até tirar todo o stress do ano. O único problema é que, neste caso, iríamos chegar de volta no chão e seguir gritando como loucos.

Como filosoficamente me disse Marinella, outro dia, existem os medos racionais (medos que existem motivo para existir. Ex. se fores pular de pára-quedas, por uma inabilidade tua, podes colocar a tua vida em risco) e os medos irracionais (medo instintivo, mas que não existe um motivo inteligente para existir. Ex. mesmo tendo lido Feliz Ano Velho, se 20 pessoas, incluindo pessoas de bem menos idade e altura, estão pulando de uma pedra exatamente no mesmo lugar e nada acontece, por que ficas ali parado olhando para a água, enquanto uma fila gigante vai se formando atrás de ti?). Pois era o tal medo irracional que fazia o coração parecer sair da boca, cada vez que olhávamos para cima e a fila nos aproximava do objeto lúdico de pavor. Mesmo que milhares de pessoas já tenham passado pelo brinquedo e nada tenha acontecido, é inevitável o frio na barriga quando começas a subir. Neste momento, me ocorreu que se dali não podia mais fugir, melhor curtir adoidado. Esta simples mudança de ponto-de-vista, me fez abrir os braços e ter a sensação de liberdade e de voar.

Planeta Terra

Ano passado eu decidi que já estava na hora de enfrentar alguns dos meus grandes medos que me paralisavam. Tudo começou no Planeta Terra/ PlayCenter.

Medo Racional ou Irracional? Eis a questão.

Os Camelos, ops, Dromedários

Encontro com os bichinhos

Buggy

Em Natal, também podes pegar o buggy e visitar as praias do Norte: Jacuma, Pitangui, Genipabu, Potengui. A viagem tem encontros com dromedários (uma corcova, enquanto que os camelos tem duas corcovas – Natal é cultura), sagüi, lagarto. E pode ser com emoção ou sem emoção (como sou uma pessoa de uma certa idade, pedi para o guia inclusive baixar a musica).

Pau-de-Arara

Entardecer

Passeio Praias Sul de Natal

Fomos para o Chapadão de Pipa, fizemos o passeio de barco em Barra do Cunhau, Barrinha, sandboard e esquibunda nas Cacimbinhas, finalizando com o pôr-do-sol na Lagoa Guarairas.

Amigos del Prata

E vá curtir as belezas das praias do Sul com o Pau-de-Arara (R$ 85,00), um passeio para o dia todo. Conheci uruguaios de Montevidéu, argentinos de Córdoba e de Buenos Aires.

Natal - Pipa

Se der tempo passar por Natal, lembre de conhecer a animada noite de Pipa, cerca de 1hora de Natal. Dicas de Flávia e Renata: Sorveteria Preciosa, Loja Zuma, Pipa Beach Club, agulinha frita sem farinha, na beira da praia, Restaurantes Pacifico, Guacamole e Tapas. O passeio do barco (R$ 30,00) para ver os golfinhos com mergulho, dura 1h30min.

Pensamentos Filosóficos da Tartaruga Norô (que adora ficar por Fernando de Noronha)

Ao sair da ilha Fernando de Noronha, mesmo que não sejas uma tartaruga, lembrar de colocar o casco novamente, pois a vida real é bem diferente.

Festa Gastronômica no Zé Maria

Informações Gerais

As refeições podem ser feitas em buffets como o Ousadia que fica na BR mais curta do Brasil e nos bons restaurantes da ilha como o Varanda e o Zé Maria, com seu famoso Festival Gastronômico (R$ 120,00 das quartas e sábados). Conheci a Rafaela, a Jenniffer e o Maurinho neste jantar, depois fomos até a Praia do Porto onde haveria uma festa, mas começou tão tarde, que fomos embora.

O deslocamento pode ser feito a pé, uma única lotação circular que passa por toda ilha (a outra estragou) ou locando buggy (R$ 130,00).

As pessoas são bastante acolhedoras e ajudam a tirar as dúvidas. Algumas vezes param do teu lado somente para papear. Tem uma palestra explicando o funcionamento de tudo na chegada e a oferta dos pacotes. É um lugar muito seguro, onde as pessoas podem dormir de portas abertas e andar seguro à noite.

Por outro lado, a ilha não tem muita estrutura e sofre com o descaso do governo. O sistema de água é irregular. Um raio atingiu a turbina do sistema em março de 2009 e até hoje não foi consertada. A comida e combustível são caros pois para chegar na ilha, somente via barco ou avião.

Aqua Sub

Aqua Sub é muito devagar ou eu que não soube aproveitar. Quando achei que iam começar a puxar mesmo, acabou.

Eu e a Tartaruga

Eu, no Coral

Mergulho de Batismo

Mergulho de batismo (R$ 250,00) é incrível. Pode assustar ter que aguentar o peso do cilindro, apertar a máscara, olhar para o horizonte, dar um salto do barco para a água, e depois ainda respirar com cilindro embaixo d`água, mas a experiência de entrar naquele universo de águas cristalinas vale a pena. É um instrutor por pessoa, então super-seguro. É como estar em outro planeta, onde não adianta lutar contra a corrente. O melhor e fazer como todos os seres marinhos e seguir calmamente o ritmo do oceano, uma nadada para trás e duas para a frente. Esta experiência te traz uma grande paz de espírito. Talvez seja porque a tua mente fica tão focada que tens a sensação de não pensar nada, alcançar uma espécie de vazio e maravilhamento, é difícil explicar.

Aves Marinhas

No mesmo passeio, o barco é visitado por aves marinhas (cuidado ao olhar para cima, pois o bombardeio é frequente) e tem o morro que parece rugir como um leão, pelo vento que passa nas pedras.

A Praia do Atalaia é um berço natural da vida marinha, que estão pensando em fechar para turistas, a fim de preservar a região. As caminhadas só podem ser feitas com guias e o controle do Ibama limita em 100 pessoas/ dia. Podes optar pela caminhada curta ou longa. Reservar com antecedência.

Eu Queria Mergulhar com os Golfinhos

Golfinhos

Passeio na Baía dos Golfinhos

O passeio de barco (R$ 90,00) é legal para ver golfinhos na Baía de mesmo nome. Tem parada para mergulho também.

Praia do Leão - Muita, muita coragem

Como não sei nadar, eu disse para o guia que não iria. As pessoas teriam que nadar além da rebentação somente com snorkel, máscara e pé-de-pato até chegar na ilha (me pareceu em torno de 1km) e não existiam coletes para locar ali. O guia insistiu bastante e disse que qualquer problema ele puxaria as pessoas. Como eram poucas, resolvi ir. Estava bem, com o snorkel e os óculos olhando as conchinhas, os peixinhos coloridos, até o momento em que eu vi que a areia tinha acabado e, de repente, como em um precipício, não conseguia mais enxergar o fundo, apesar da água cristalina. Foi aqui o meu encontro com as profundezas do mar sem fim. Comecei a respirar com dificuldade e senti o início de um ataque de pânico. Levantei a cabeça e vi o guia logo na frente. E o principal, vi uma bóia ao meu lado, pois tinha ido também um menino de uns 6 anos que estava acompanhando os pais...foi sinceramente o que me acalmou, pois foi onde me agarrei (eu e o menino que, aliás, estava bem mais calmo que eu). Depois, valeu a pena, vimos tartarugas, peixes coloridos e tubarões. Quando chegamos na areia de novo, o guia nos avisou que estes não eram um tipo tão mansinho, caso ele se sentisse ameaçado, poderia ter atacado. Brrr (a foto do tubarão é ilustrativa). Ainda bem que ele não contou nada quando estávamos na água. Se não conheces a região, melhor não fazer este circuito sem o guia, que sabe sobre as correntes marítimas e os melhores horários. Foto do tubarão somente ilustrativa doada pelo fotografo do mergulho.