28 de jan. de 2009
pra matar a saudade (ou avivá-la)
25 de jan. de 2009
navegadores
santa cruz cabrália
praia do espelho
Queríamos ir ao Monte Pascoal, mas estávamos relativamente longe de lá. A maior distância que percorremos foi até a Praia do Espelho (que é quase lá), mas devido ao trânsito, estrada de chão difícil e falta de sinalização, levamos quase 5h para chegar. Só deu tempo de chegar, nos surpreender com a infra-estrutura, iates e helicópteros chegando, olhar as belezas naturais, tomar um banho e começar a voltar, pois escurece umas 17h30min. Mas valeu a pena, afinal é considerada uma das três praias mais bonitas do Brasil. Se houver uma próxima vez, já saberemos como fazer para ir até lá.
trancoso
Arraial d'Ajuda
a capital do axé
Porto Seguro é um lugar realmente agradável, com muito sol, praias bonitas e pessoas bem-humoradas. Conhecemos a rota do descobrimento do Brasil e lemos os livros do Peninha, entre coqueiros, areias brancas, tendo ao fundo a música característica da região: o axé.
Uma noite pedi para o pessoal da recepção baixar a música do restaurante.
- Moço, queria dormir, pode baixar a música do restaurante, por favor?
- Posso não, senhora.
- E por que não?
- A música do restaurante já está desligada.
- E este som alto?
- Vem do Axé-Moi e do Tôa Tôa. Tem festa toda noite, lá na praia.
- Então pede para eles baixarem o som, please?
Hehe, óbvio que ele não pediu e eu dormi como se estivesse no meio da festa.
Enviado por Noemia.
virada em Porto Seguro
22 de jan. de 2009
aliás...
nova advogada na praça
Ôpa! Levamos um puxão de orelha, então aí vai: assim como a Noemia estava convocada a escrever sobre Porto Seguro, onde passou a virada do ano, e eu tinha a intenção de relatar minha micro-temporada (ou será microtemporada? aaai!) em Rainha do Mar, também a nossa querida companheira de viagem cochabambense Vanessa Canciam estava intimada a falar sobre Bombinhas. Não a pressionamos porque o momento era tenso. A colega - jornalista e namorada do Antônio - estava focada numa missão: entrar no Direito da Ufrgs. Adivinhem o que aconteceu?
YEEEEEESSSSS (todos nós já sabíamos): http://www.ufrgs.br/cvresultados/listao/
Parabéns, Vanessa!!
21 de jan. de 2009
we are one
20 de jan. de 2009
posse do Obama - fotos (2)
Como já se sabe, o Obama virou uma marca. Todos tinham algo (gorro, buttons, mantas). No metrô, duas campanhas de destaque: Ikea (loja sueca de móveis), com "Embrace Change", sugerindo móveis novos para a nova era, e Pepsi ("Joy" e "Hope" com o logo da Pepsi no lugar do O, que aliás não é muito diferente do logo da campanha do Obama).
Todo mundo documentando.
O novo presidente. Ufa. Que alívio.
A que vos escreve, com o sol na cara e um pequeno fantasma do Capitólio ao fundo.
posse do Obama - fotos
O povo andando em direção ao mall, umas 8h15 da manhã. Muitas ruas do centro foram fechadas para a posse.
Obelisco e povo chegando para a posse.
Já no mall, na frente do Museu de História Natural. Teve gente que chegou bem cedinho e sentou para esperar. Essa senhora de gorro verde e cartazes pendurados tirou o sapato lá pelas tantas para colocar uns pacotinhos químicos que esquentam os dedos do pé. Coisa de esquiador.
O espaço foi enchendo e as pessoas começaram a subir nas árvores.
we are one, povão no show de abertura da posse
Show "We Are One" -- abertura das festividades da posse do Obama. Lincoln Memorial, domingo, 18/01/09
O povo subiu nas árvores e nos "portapotties" (banheiros portáteis) para ter uma vista melhor, mas veio a polícia montada mandar descer...
Bono (maravilhoso, cantando City of Blinding Lights, tema da campanha) e um avião. Solzinho muito fraquinho (mal se vê) para aplacar o frio (uns 2 graus).
posse do Obama
Lá fui eu para o metrô às 7 e pouco da manhã com uma bolsinha contendo a câmera (fotos em breve), lanche, celular e chaves, alem da prancha de isopor. Da plataforma mandei uma mensagem para o grupo com quem ia me encontrar às 8: "embarcando na linha azul, com sorte chego lá às 8." O metrô chegou lotadaço como nunca vejo em dia de semana. Fui como sardinha, cada estação enchia mais. Lá pelas tantas paramos no meio do túnel porque o trem na frente do nosso estava empatado na estação, pois as pessoas estavam tentando entrar no trem lotado e eles não conseguiam fechar as portas, então nada andava... Antes de cada estação, tínhamos que esperar 5-10 minutos. Acabei chegando bem depois das 8 e o grupo já tinha ido. Trocamos algumas mensagens de texto, mas logo que cheguei no mall (área entre o Capitólio e o obelisco) o celular não funcionava mais direito. Não tinha sinal, as mensagens não iam, e de vez em quando chegavam várias de uma vez. Não consegui encontrar com eles e acabei assistindo tudo sozinha (fora as outras 1,5 milhão de pessoas).
Achei um lugar pra assistir entre o Museu de História Natural e o castelinho da Smithsonian Institution, bem perto de um telão. Primeiro passaram uma repetição do show de domingo. De novo o Bono cantando City of Blinding Lights, que eu adoro.
Lá pelas 10 começou a cerimônia, com um coral infantil de San Francisco. Em seguida, a banda da marinha com várias marchinhas patrióticas típicas. Começaram a aparecer os políticos e celebridades. Primeiro os deputados, depois os governadores, depois os senadores, entremeados por outros políticos diversos. O povo em volta aprovava e reprovava com vaias e gritos:
- Newt Gingrich (republicano ex-presidente do Congresso dos anos 90): Boooooo!!!
- Colin Powell: yeah!!! wo-hoo!!
- Oprah: wo-hoo!!!
- Joe Liberman (senador vira-casaca, vice da chapa do Gore em 2000): boooo
- Ted Kennedy: wo-hoo!! yeah!!!
- McCain: nada. zip.
- John Kerry: também nada.
- Al Gore: yeah!
- Carter: yeah!
- George H. W. e Barbara Bush: nada
- Bill e Hillary: woo-hoo!!!! yeah!!! we love you!!!
- Dick Cheney: Booooo
- Bush: BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
Nem preciso dizer que o povo explodia e sacudia as bandeirinhas enlouquecido quando a família Obama começou a aparecer, primeiro com as meninas, acompanhadas da avó, depois a Michelle e finalmente o Barack. Efusivos aplausos também para o Joe Biden e família.
Depois de estarem todos apresentados, um quarteto perfeitamente diverso tocou uma peça contemporânea (Air and Simple Gifts, acho que era o título). Era o Itzhak Perlman (judeu) no violino, o YoYo Ma (asiático) no violoncelo, a Gabriela Montero (latina) no piano e o Anthony McGill (negro) no clarinete.
Depois da posse do vice (cujo juramento foi mais longo que o do presidente), a Aretha Franklin cantou "My Country 'Tis of Thee". Achei ela meio sem fôlego, mas estava um frio desgraçado. A Gabriela Montero tocou com as luvinhas sem dedo.
Finalmente, o Obama tomou posse e o povo pulava de alegria e abraçava qualquer um que estivesse por perto. Emocionante.
Achei o discurso ótimo de modo geral, especialmente as partes em que ele falou em ajudar todas as pessoas que estão em busca de dignidade e liberdade e em usar recursos de forma responsável. Outra coisa que gostei foi quando ele falou para os líderes dos países que não gostam dos EUA que eles serão lembrados não pelo que destroem, mas pelo que constroem. Mas também teve aquele tom americano meio belicoso: "Nós venceremos! Eles serão derrotados! A América é o pais mais poderoso do mundo!" Isso tudo me dá nos nervos. Mas não é privilégio dele.
Depois da posse, levei horas para conseguir sair da área do mall. Os celulares não funcionavam, ninguém sabia para onde ir, uma baita confusão. Mas não sei se tem algum jeito de organizar entre 1,5 e 2 milhões de pessoas... os chineses devem saber. Mas não sei se prefiro a organização deles :)
Assisti ao desfile de um restaurante onde finalmente consegui me encontrar com uma amiga que chegou no mall pelas 9:30 e não conseguiu entrar. Depois de um trechinho de carro, Obama e Michelle andaram a pé pela Pennsylvania Avenue. As pessoas em volta diziam "que perigo!!" mas eu pensei, é o fim da era do medo. Graças a Deus.